domingo, 19 de julho de 2015

Santa Missa - Episódio 2 - Canto Litúrgico

Já diz a tradição que quem canta reza duas vezes. Porém, para isso ser verdade, deve-se cantar de acordo com o Rito Eucarístico.





Os cantos litúrgicos devem ser cantos originais, jamais plágios, paródias ou cópias de cantos não católicos. Na liturgia, classificamos os cantos em dois grandes grupos: os ORDINÁRIOS e os PRÓPRIOS.

Os cantos ORDINÁRIOS são as partes fixas da missa e nunca mudam... Ou seja, caso cante ou reze não se deve mudar o escrito. São eles: Ato Penitencial, Glória, Credo, Santo, Cordeiro. Esses cantos devem ser cantados por inteiro. Muitos ministérios de música cometem erros nos cantos ordinários já que escolhem músicas que não condiz com o texto original. Por mais bonito que sejam, fogem dos preceitos da Santa Igreja. 

Os PRÓPRIOS acompanham o desenrolar de um rito, por exemplo, a procissão de entrada, comunhão, ofertório. Estes cantos devem obrigatoriamente se encerrar ao término do rito, por exemplo, quando a última pessoa terminar de comungar, o canto deve ser finalizado. Estes cantos, apesar de serem livres, devem obrigatoriamente acompanhar o tempo litúrgico e, se possível, as leituras do dia. Um erro bastante comum nas Missas é ver cantos que não condizem com o tempo litúrgico, por exemplo, cantar o Aleluia no tempo da Quaresma. Neste tempo omiti-se o Aleluia em qualquer parte da celebração.

Os músicos devem ter consciência do seu papel na celebração e ter o máximo de zelo possível para não fazer desse momento um show particular tirando a atenção da assembléia e desfocando do objetivo central do canto: auxiliar a assembléia a rezar.

Os cantos ordinários devem condizer com o Missal Romano. Já os cantos próprios, recomenda-se seguir os folhetos dominicais já que esses foram elaborados por uma equipe liderada normalmente por um sacerdote. Mas, deixo aqui claro, que esses folhetos não são documentos oficiais da Igreja.

Portanto, fica claro a dificuldade de conduzir corretamente o canto na Santa Missa. Quando se acerta na escolha fica nítido em toda a assembléia que estamos rezando duas vezes.

Até o próximo episódio.... Comentem, compartilhem... 

terça-feira, 14 de julho de 2015

Santa Missa - Episódio 1 - Dinâmica do pão

Através de alguns pedidos vou fazer uma série da explicação de cada passo da Santa Missa. Então vamos começar do começo, ou melhor antes do começo.

Vou transcrever um pedaço da última homilia do Pe. Bruno, aqui de Maringá-PR, sobre a dinâmica do pão.


Todos nós sabemos que um ovo que não entra na massa do pão não vira pão, fica sendo um ovo... para ser pão tem que estar na massa. Assim é a Santa Missa. Para participar da comunhão do pão precisamos estar na massa.

Mas como fazer parte da massa do pão? É simples, chegando antes do início da missa. Só participa da massa quem chega antes na missa, se acomoda, silencia o coração para estar preparado para ser pão.

Chegar depois do sinal da cruz, nos tornamos apenas mais um ingrediente que participa do momento devocional da Santa Missa, comunga o pão, mas o efeito de ser pão, fazer comunhão, não chega a quem é apenas um ingrediente.

Fica claro que a Santa Missa é mais que um momento devocional, é um ato de comunhão, de tornar-se pão. Deixar Cristo Eucarístico fazer diferença na semana que se aproxima.

E além do mais o catecismo, no n. 2042, explica que existe uma obrigação importante para o cristão católico: ouvir missa inteira aos domingos e demais festas de preceito. Este não é somente o terceiro mandamento da lei de Deus, mas também o primeiro preceito da Igreja.

Mas, o mais importante, é o sentimento que temos quando nos atrasamos para a celebração eucarística. Fica faltando alguma coisa.

Portanto tentemos chegar um pouco antes na celebração eucarística, nos concentrar e nos preparar dignamente para fazer parte do pão. Fazer com que o Pão Eucarístico nos faça ser diferente para cada um que encontramos...

Até o segundo episódio.... Comentem, compartilhem...